Karina Biondi

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Karina Biondi
Nascimento 17 de setembro de 1983
São Paulo
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação escritora, antropóloga
Empregador(a) Universidade Estadual do Maranhão

Karina Biondi (São Paulo, 17 de setembro de 1983) é uma escritora e antropóloga brasileira que desenvolve estudos etnográficos sobre criminalidade.

Vida pessoal e formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Karina nasceu em São Paulo. Graduou-se no curso de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP), em 2007 e, posteriormente, realizou seus estudos de pós-graduação em Antropologia na Universidade Federal de São Carlos (UFScar), sob a supervisão de Jorge Villela.

Desde 2017 é professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)[1], onde coordena o Laboratório de Estudos em Antropologia Política (LEAP).

Realizações[editar | editar código-fonte]

Até o ano de 2006, quando rebeliões ocorreram simultaneamente em diversos presídios e os atentados contra o "sistema" ganharam as ruas da cidade, o Primeiro Comando da Capital (PCC) era desconhecido para a maioria da população de São Paulo, sendo o conhecimento a respeito de suas dinâmicas bastante limitado às informações divulgadas pela mídia. Nesta história quando aconteceu que ela escreveu o livro falando como a facção atuava no estado de São Paulo e em todo o Brasil.[2][3][4][5][6][7]

Em 2010, publicou o livro que marcou a história da criminologia brasileira: Junto e Misturado: Uma etnografia do PCC[8][9]. O livro teve sua versão em inglês publicada sob o título Sharing this Walk: An Ethnography of Prison Life and the PCC in Brazil, ganhador de prêmio em 2017[10]. Proibido roubar na quebrada: território, hierarquia e lei no PCC, resultado de sua pesquisa de doutorado, foi publicado em 2018, também agraciado com prêmios.[11][12]

Desde 2021, Biondi integra o Comitê Cidadania, Violência e Gestão Estatal da Associação Brasileira de Antropologia.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • 2019 - LASA Brazil Section Book Prize 2019, Latin American Studies Association.
  • 2017 - APLA 2017 Book Prize, Association for Political and Legal Anthropology/American Anthropological Association
  • 2015 - LASA Brazil Section Doctoral Thesis Prize 2015, Latin American Studies Association.
  • 2006 - IV Prêmio ABA/Ford de Antropologia e Direitos Humanos, Associação Brasileira de Antropologia e Fundação Ford.[13]

Escritos[editar | editar código-fonte]

Em português

  • Proibido roubar na quebrada: território, hierarquia e lei no PCC. São Paulo: Editora Terceiro Nome / Editora Gramma, 2018. ISBN 978-8578162078
  • Junto e misturado: uma etnografia do PCC (edição ampliada). 2ª ed. São Paulo: Editora Terceiro Nome / Editora Gramma, 2018. 285p . ISBN 978-8578162092
  • Junto e Misturado: uma etnografia do PCC (ebook). 1ª ed. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2014.
  • Junto e misturado: uma etnografia do PCC. 1ª ed. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2010. 245p . ISBN 978-8578160524

Em inglês

  • Authoritarianism and confinement in the Americas. 1ª. ed. São Luís: Editora da UEMA, 2019. 85p. (com Jennifer Curtis e Randi Irwin)
  • Sharing This Walk: An Ethnography of Prison Life and the PCC in Brazil. 1ª ed. University of North Carolina Press, 2016. v. 1. 222p . ISBN 1469623404

Referências

  1. BIONDI, Karina (8 de novembro de 2020). «CV Lattes». buscatextual.cnpq.br. CNPq. Consultado em 30 de dezembro de 2020 
  2. Rocha, Luciana Pionório (4 de dezembro de 2011). «CONVERSANDO SOBRE JUNTO E MISTURADO: As condições metodológicas da pesquisa. BIONDI, Karina. Junto e Misturado: uma etnografia do PCC. São Paulo:Editora Terceiro Nome, 2010, 245 p.». REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO. ISSN 1517-5901. Consultado em 30 de dezembro de 2020 
  3. «PCC não precisa de líderes para acontecer, diz autora de livro sobre a facção». BBC News Brasil. Consultado em 30 de dezembro de 2020 
  4. Dias, Camila Caldeira Nunes (1 de abril de 2010). «Por dentro (e de dentro) do Comando: O PCC segundo o 'nativo'». Dilemas - Revista de Estudos de Conflito e Controle Social (8): 159–172. ISSN 2178-2792. Consultado em 30 de dezembro de 2020 
  5. Alessi, Naiara Galarraga Gortázar, Gil (12 de junho de 2020). «PCC, a irmandade dos criminosos». EL PAÍS. Consultado em 30 de dezembro de 2020 
  6. «Por que a hierarquia não manda no PCC, segundo esta pesquisadora». Nexo Jornal. Consultado em 30 de dezembro de 2020 
  7. «Antropóloga investiga em livro o PCC, a maior facção criminosa do país - FENAPEF». fenapef.org.br. Consultado em 21 de agosto de 2021 
  8. Biondi, Karina, Junto e misturado: uma etnografia do PCC, São Paulo, Editora Terceiro Nome, 2010, 245pp. Do nominalismo à transcendência em uma antropologia política do PCC– PPGAS/Museu Nacional/UFRJ.
  9. «Universidade vai a periferias e prisões para tentar entender o PCC - Geral». Estadão. Consultado em 27 de novembro de 2021 
  10. Mundo, Diario do Centro do (17 de fevereiro de 2018). «O discurso agradecendo Lula da brasileira que ganhou prêmio literário nos EUA, Karina Biondi». Diário do Centro do Mundo. Consultado em 21 de agosto de 2021 
  11. «Proibido Roubar na Quebrada: Entrevista com Karina Biondi». Justificando. 10 de julho de 2018. Consultado em 21 de agosto de 2021 
  12. Vedovello, Camila de Lima (1 de julho de 2019). «BIONDI, Karina. Proibido roubar na quebrada: território, hierarquia e lei no PCC. São Paulo: Terceiro Nome, 2018». Cadernos de Campo (São Paulo - 1991) (1): 296–301. ISSN 2316-9133. doi:10.11606/issn.2316-9133.v28i1p296-301. Consultado em 21 de agosto de 2021 
  13. Grossi, Miriam (2006). Antropologia e direitos humanos 4. Blumenau: Nova Letra. ISBN 85-7682-147-8 
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